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Fonte: http://www.themarysue.com/names-of-chess-pawns/ |
Encontrar velhos amigos, pessoas do nosso passado que por algum
motivo ficamos anos sem rever, reaviva antigas sensações e emoções. Por alguns
instantes esquecemos que o tempo, assim como os peões no xadrez, só tem um
sentido, e parece que temos ainda toda a vida pela frente, todos os peões em
suas casas iniciais.
O tempo se move conforme as escolhas que fazemos, se jogamos
um peão uma ou duas casas, ele jamais retrocede. Uma escolha na vida raramente
tem volta.
Hoje, nossas vidas tomaram seus rumos, os rostos de todos
guardam semelhanças inconfundíveis com as crianças que fomos. No reencontro,
discutimos nosso presente, lembramos do passado, somos todos enxadristas
mostrando como jogamos a partida da nossa vida até aqui, expondo nossos planos,
orgulhosos dos acertos, críticos com os erros, esperançosos com os lances a
frente.
Jogamos o xadrez da vida como quem aprendeu agora mesmo os
rudimentos do jogo, somos experientes iniciantes que, por um momento belo de
confraternização, se sentem recomeçando, capazes de tudo novamente, por algum
breve lapso, uma doce ilusão.
Na despedida, tudo retorna ao ponto atual, peões avançados,
escolhas tomadas, dias vividos. Já ansiamos o novo reencontro, uma nova trégua,
quando poderemos novamente brincar de retornar os peões, e repetir todos os lances,
uma vez mais.
Compartilhe: bit.ly/XadrezReencontro
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8 comentários:
Só li "vertati". Excelente texto!
Só li "vertati". Excelente texto!
Lindo texto. Parabéns
Muito bacana, Rewbenio! Ótimo texto para pensarmos sobre as jogadas da vida. Valeu!
Pura verdade. Só uma dúvida... O que seria nosso mate na vida?!?
E nunca deixaremos de ser experientes iniciantes.
Adorei seu texto.Muito adequado ao momento vivido.
De fato, meu caro, somos eternos iniciantes no xadrez da vida. Quando começamos a acreditar que dominamos os fundamentos e as estratégias, a vida nos surpreende... Belo texto! Abs
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